domingo, 11 de fevereiro de 2024

BREVES (119)

100 ANOS DO ABC-ZINHO NA BIBLIOTECA NACIONAL
Continua patente a exposição que comemora o "Centenário da revista ABC-zinho" e, simultaneamente, os "100 anos de revistas de banda desenhada em Portugal".
Trata-se de uma das maiores exposições alguma vez realizadas sobre o tema e ocupa uma grande área expositiva no piso térreo da Biblioteca Nacional (ao Campo Grande) onde ficará até ao próximo mês de Março.
Esta exposição resulta de uma colaboração da Biblioteca Nacional de Portugal com o Clube Português de Banda Desenhada e foi pensada em 2019 para ser inaugurada em outubro de 2021, no centenário da publicação do nº 1 do ABC-zinho. O planeamento de eventos na Biblioteca Nacional teve de ser reformulado em consequência da pandemia de Covid 19 e a exposição acabou por ser adiada.
No enquadramento da banda desenhada, as revistas são periódicos que tipicamente oferecem como conteúdos, histórias em quadradinhos em continuação, contos, passatempos e uma secção de contacto com os leitores de quem, por vezes, também publicam colaborações. Este modelo foi estabelecido de uma assentada pela primeira revista deste tipo publicada em Portugal, o ABC-zinho dirigido por Cottinelli Telmo, cujo nº 1 foi posto à venda a 15 de outubro de 1921, e constituiu mais uma realização notável de um homem extraordinário.
A exposição percorre a história das principais revistas deste tipo publicadas em Portugal desde a década de 1920 até à de 1980. Inicia-se com uma parte introdutória focando Stuart Carvalhais e os seus Quim e Manecas, primeiros personagens perenes da BD portuguesa, depois Cottinelli Telmo e a sua colaboração de crescente importância no ABC e no ABC a Rir até ao lançamento do ABC-zinho cujo nome foi sugerido por Stuart que também colaborou largamente nos anos iniciais da revista.
A partir daí, é contada a história de mais de 30 títulos, representando um percurso até à década de 1980. A exposição compreende cerca de 500 revistas, originais de capas, páginas de histórias e ilustrações produzidas pelos desenhadores para as publicações; construções oferecidas em separata; livros e outros produtos comerciais associados a algumas revistas; cartazes; e muito mais, tudo relacionado com essas publicações.
A mostra tem organização do Clube Português de Banda Desenhada em parceria com a Câmara Municipal da Amadora / Biblioteca Nacional e merece, obviamente, uma visita atenta.
(adaptado a partir de um texto de João Manuel Mimoso)


ANIVERSÁRIOS EM FEVEREIRO

Dia 09 - José de Matos-Cruz e Zeu
Dia 11 - Pedro Morais
Dia 13 - Philippe Jarbinet (belga)
Dia 14 - Fernando Santos Costa
Dia 17 - Alejandro Jodorowsky (chileno)
Dia 20 - Sergei e Sanchez Abuli (espanhol)
Dia 21 - Luís Pinto-Coelho
Dia 24 - Yuval N. Harari (israelita)
Dia 28 - Benjamin Benéteau (francês)
CR

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

MEMÓRIAS DO MOURA BD (2) - 1991: começa a aventura

Texto e pesquisa: Carlos Rico
Fotos: Orlando Fialho, Pinto Moreira e Luiz Beira

Publicado que está, há mais de três anos, o artigo inaugural desta série, e tendo nessa altura apelado (mediante o anúncio que continua visível na coluna da direita do BDBD) para que os nossos leitores nos facultassem eventuais fotografias ou vídeos que tivessem relacionados com o tema, não obtivemos, até hoje, praticamente qualquer contributo para juntar aos nossos arquivos.
Apesar de ainda mantermos a esperança de poder receber uma imagem ou um vídeo inéditos, que nos façam recordar momentos por nós entretanto esquecidos, decidimos não esperar mais e avançar para a publicação destas "Memórias do Moura BD". 
Se entretanto aparecer algum material extra (fotos, vídeos, recortes de imprensa, testemunhos...), ele será muito bem-vindo e, naturalmente, acrescentá-lo-emos ao respectivo post.  
Comecemos, então, esta verdadeira viagem no tempo...


Em 1991, num ano capicua (sinal de sorte?), surgiu o Salão Internacional de Banda Desenhada de Moura, uma iniciativa inédita na altura por terras alentejanas (só uma década e meia mais tarde surgiria o Festival de Beja) que veio colocar no mapa da BD a cidade de Salúquia.
Mais tarde conhecido pelos amantes da 9.ª Arte como "Moura BD", o salão teve, contudo, nas primeiras quatro edições outras designações: "Exposição de BD de Moura" ou "Expo BD de Moura". Como se percebe até por estes pormenores, eram tempos em que o salão ainda gatinhava e procurava encetar o seu próprio caminho...
A edição inaugural incluiu, apenas e só, a primeira de várias digressões que as Jornadas Internacionais de Banda Desenhada da Sobreda (Sobreda BD) fizeram a Moura. Para tal contribuíram a vontade e o entusiasmo de Luiz Beira - fundador do Grupo Bedéfilo Sobredense (GBS) e o grande obreiro da Sobreda BD - e o empenho do Director da Escola Secundária de Moura na altura, Prof. António Borralho, que, tendo visitado por acaso o salão sobredense, logo aceitou a sugestão de uma digressão a Moura, com algum do material em exposição.
E assim aconteceu: a 20 de Maio de 1991 (uma segunda-feira!) a Escola Secundária de Moura abria portas à banda desenhada e dava início a uma aventura que durou mais de duas décadas.

Entrada da Escola Secundária de Moura (anos 90)

A exposição, basicamente constituída por cópias de pranchas, capas e biografias de autores, ficou patente no átrio por essa altura utilizado como sala de convívio dos alunos. Hoje em dia esse espaço já não existe, infelizmente, em virtude das polémicas obras sofridas pela escola há alguns anos, que reformularam por completo - e sem necessidade, diria eu - todo o edifício...

A sala de convívio dos alunos da Escola, onde a 1.ª Exposição de Banda Desenhada de Moura ocorreu, nuns painéis colocados na parede à direita.

O mesmo átrio, fotografado no ângulo oposto.

A banda desenhada holandesa foi um dos destaques da Digressão da Sobreda.
Infelizmente, esta foi uma das pouquíssimas fotos que se tiraram do salão.
Outros tempos, em que o telemóvel e as selfies eram apenas uma miragem...

Por sugestão e convite do Prof. Borralho, durante os cinco dias da semana fiz sessões de desenho ao vivo sendo essa a única actividade paralela que o salão incluiu no seu programa. No sábado, 25, último dia do salão, as presenças do grande ilustrador Carlos Alberto Santos (o autor "Convidado de Honra"), de Luiz Beira e de Hélder Carrilho (ambos em representação do GBS) foram o ponto alto da primeira edição.
Carlos Alberto Santos (cujo trabalho sempre admirei) conversando comigo,
durante a visita ao salão. Por trás de ambos, a única imagem existente
dos painéis com a exposição vinda da Sobreda.

Em jeito de balanço, podemos dizer que a exposição teve a grande virtude de “abrir caminho”, digamos assim, apesar de ser uma iniciativa virada quase exclusivamente para o público da própria Escola (o público em geral e as outras escolas não corresponderam). Mas ficou lançada a semente que, com os anos, cresceu, floriu e deu frutos…
(continua)



Biografia de
Carlos Alberto Santos

De seu nome completo Carlos Alberto Ferreira dos Santos, nasceu em Lisboa a 18 de Julho de 1933. 
Pessoa ultra-afável e genial artista, dedicou-se sobretudo à Banda Desenhada e à sua magnífica e gloriosa Pintura. 
Para além disso, tinha pessoalmente duas grandes paixões: a Ópera e... os gatos.
Das inúmeras e belíssimas capas que criou, salientamos as da colecção “Mundo de Aventuras”, a do álbum colectivo “Salúquia” (editado, em 2009, pela Câmara Municipal de Moura, na que seria a sua última participação como capista numa publicação BD) e as eróticas da revista “Zakarella”.
Para o “Jornal do Cuto”, elaborou também (para além de capas e ilustrações avulsas) as belas separatas “Quadros da História de Portugal” 
(sob o pseudónimo M. Gustavo).
Ilustrou várias colecções de cromos como "História de Portugal" (um rotundo êxito, com mais de vinte edições!), "Trajos Típicos de Todo o Mundo", "História de Lisboa", "Romeu e Julieta", "Pedro Álvares Cabral", "Camões", "Bandeiras do Universo", "A Conquista do Espaço", etc.
Ilustrou, também, textos de Raul Correia, para os Amigos do Livro, nas colecções "A Vida de Jesus", "Histórias do Avôzinho", "Histórias de Todo o Mundo Contadas às Crianças" e "Lendas Portuguesas".
Na sua BD, contam-se, entre outras: “A História Maravilhosa de João dos Mares”; “Camões” (com texto de José de Oliveira Cosme, publicado a preto e branco no “Mundo de Aventuras” e reeditado num álbum a cores, anos mais tarde, pela Asa); “O Rei de Nápoles” (com argumento de Jorge Magalhães), o seu último trabalho na 9.ª Arte, no álbum colectivo “Contos das Ilhas” (ed. Asa), mais tarde reeditado, a preto e branco, no semanário “O Louletano”; “O Infante Santo”; “O Santo Condestável”; “O Combate de Pembe”; “A Espada Nazarena”; “Ousadia Triunfante”; “Capitão Bravo”; “O Almirante das Naus da Índia” (com texto de Olga Alves); “O Escudo do Sarraceno” (com texto de Hermínio Rodrigo) e, segundo Júlio Diniz e em oito fascículos, “Os Fidalgos da Casa Mourisca”.
Afastado por largos anos da BD, por problemas que lhe afectavam a visão, dedicou-se exclusivamente à Pintura, donde imensos e deslumbrantes quadros, muitos deles patentes em entidades culturais de Portugal e do estrangeiro.
Com a sua partida, a 1 de Novembro de 2016, ficou mais um vazio no panorama cultural português.






sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

REVISTAS BD DA NOSSA SAUDADE (2) - "JOYAS LITERARIAS JUVENILES"

Logótipo de "Joyas Literarias Juveniles"

Nossos vizinhos espanhóis fazem gala de não deixar determinadas glórias por mãos alheias. São notáveis e capazes!
Apostando seriamente nos "clássicos ilustrados", a Editorial Bruguera (sediada em Barcelona), desafiou-se no mesmo assunto, porém por "conta própria", ou seja, com guionistas e desenhistas que eram prata da casa. 
Capa do primeiro número
de "Joyas Literarias Juveniles"
Então, programou e editou uma invejável colecção de mini-álbuns (tipo fascículos) - "Joyas Literarias Juveniles" - que abarcou, pelo menos, 272 exemplares. É obra!
Por aqui desfilaram obras de Jules Verne, Emilio Salgari, Karl May, Charles Dickens, Walter Scott, Mark Twain, Nicolas Gogol, Henryk Sienkiwick, Robert Louis Stevenson, Jack London, Edmondo de Amicis, Alexandre Dumas (pai), Herman Melville, Henry Rider Haggard, Victor Hugo, etc. Apenas Miguel de Cervantes como único autor espanhol e nenhum português!!!... Tão pouco, brasileiros!
Alguns dos principais desenhistas: Alfonso Céron, Juan Escandell, Juan Garcia Quirós e Juan Jose Ubeda. Nos guinistas, estão por exemplo: Victor Mora, Armonia Rodriguez, Miguel Cussó, Juan Cremona e José Vidal Sales. Este usou vários pseudónimos, como Cassarel, Alberto Cuevas, Pierre
Deville...
Em 2010, o jornal espanhol El País reeditou e distribuiu quinze histórias desta coleccção, com as mesmas ilustrações das capas originais, embora alterando o grafismo do cabeçalho das capas.
Capa do primeiro número desta colecção reeditada pelo jornal El País (Espanha, 2010)

Alguns anos antes, a extinta Agência Portuguesa de Revistas tentou editar esta colecção em português mas parece que não passou de dois exemplares: "Robinson Crusoe" e "Dos Apeninos aos Andes"... Se houve mais, não temos o devido conhecimento. Que pena!
 
Capas do #1 e do #2 da colecção "Jóias Literárias Juvenis" (Ed. Agência Portuguesa de Revistas, 1977).

No entanto, esta preciosa colecção encantou e encanta os leitores. Abaixo, alguns brevíssimos exemplos.
LB


"Joyas Literarias Juveniles" #67 - "Quintin Durward", de Alexandre Dumas. 
Adaptação de Miguel Cussó (argumento) e Adolfo Buylla (desenhos). Capa de Antonio Bernal 


"Joyas Literarias Juveniles" #96 - "Los Tres Mosqueteros", de Walter Scott. 
Adaptação de Cassarel (argumento) e Adolfo Buylla (desenhos). Capa de Antonio Bernal 

"Joyas Literarias Juveniles" #98 - "Don Quijote de la Mancha", de Miguel de Cervantes. 
Adaptação de Cassarel (argumento) e José Clapera (desenhos). Capa de Antonio Bernal 


"Joyas Literarias Juveniles" #107 - "Moby Dick", de Herman Melville. 
Adaptação de Cassarel (argumento) e Antonio Perez Carrillo (desenho). Capa de Antonio Bernal.


"Joyas Literarias Juveniles" #156 - "Las Minas del Rey Salomon", de H.R. Haggard. 
Adaptação de Cassarel (argumento) e Angel Pardo Ruiz (desenhos). Capa de Antonio Bernal 

domingo, 7 de janeiro de 2024

BREVES (118)

EXPOSIÇÃO "VARIANTES - HOMENAGEM À BD PORTUGUESA"
O nosso blogue esteve um pouco parado e, por isso, só agora surge a oportunidade de anunciar esta exposição que encerra precisamente hoje, domingo, na cidade do Porto. Fica o registo e - quem sabe - alguém que resida ou visite a invicta ainda poderá espreitar esta mostra... 

A Exposição:

Depois de Matosinhos, Barcelos e Resende a exposição "Variantes - homenagem à BD Portuguesa" chegou ao Porto e à Galeria de BD e Ilustração Mundo Fantasma, na Livraria com o mesmo nome.
Projecto resultante de um apoio no âmbito do Programa Garantir Cultura, a obra, editada pelas editoras "A Seita" e "Turbina Associação Cultural", convidou uma série de autores nacionais a homenagearem uma obra de referência da história da nossa BD.
"Variantes - Homenagem a BD Portuguesa" começa desde logo com a descoberta de Bordallo Pinheiro como precursor de uma aventura com muitos nomes a destacar a partir daí. Mesmo enfrentando a difícil penetração num mercado que teima em não se abrir, apesar do reconhecimento internacional e prémios.
«Não nos interessa aqui elaborar uma análise crítica ou uma contextualização histórica profunda, mas não resistimos a fazer uma breve passagem pela sequência temporal do que tem vindo a luz em Portugal nesta arte, desde a célebre e inicial obra de Bordalo (...), e aquela que é seguramente uma das mais brilhantes obras nacionais na banda desenhada: Tu és a Mulher dos Meus Sonhos, Ela a Mulher da Minha Vida», explica-se no texto introdutório.
Mais do que um repositório histórico, esta proposta de homenagem é ela própria uma releitura, através de um percurso pelos autores e obras emblemáticas do passado, cujas pranchas escolhidas são recriadas por alguns dos desenhadores mais representativos das gerações actuais.

Autores homenageados:
Ana Cortesão; André; António Jorge Gonçalves; António José Simões; António Resende Dias; Arlindo Fagundes; Augusto Mota; Carlos Botelho; Eduardo Teixeira Coelho; Fernando Bento; Fernando Relvas; Isabel Lobinho; Janus; João Fazenda; Jorge Magalhães; José Carlos Fernandes; José Luís Duarte; José Paulo Simões; José Ruy; Júlio Pinto; Júlio Resende; Luís Louro; Miguel Rocha; Nelson Dias; Nuno Artur Silva; Nuno Saraiva; Pedro Brito; Raphael Bordalo Pinheiro; Raul Correia; Roussado Pinto (Edgar Caygill); Sérgio Luiz; Stuart de Carvalhais; Tito; Victor Mesquita, e Vítor Péon.

Autores das homenagens:
André Caetano; André Pereira; Daniela Duarte; Fábio Veras; Francisco Nunes; Gonçalo Varanda; Jorge Coelho; José Smith Vargas; Madalena Abreu aka Hada; Marco Mendes; Marta Teives; Paula Cabral; Ricardo Baptista; Rita Alfaiate, Sofia Neto.


ANIVERSÁRIOS EM JANEIRO
Dia 01 - Jorge Miguel, Alex Maleev (búlgaro), Christian Cailleaux (francês), Nick Drnaso (norte-americano), Igor Kordey (croata), Cinzia Ghigliano (italiana), Robin Walter (francês), Juan Diaz Canales (espanhol), Giorgio Albertini (italiano), M. R. Carey (inglês), Paco Roca (espanhol) e Rafael Coutinho (brasileiro)
Dia 03 - Mary Bartolo (italo-maltesa)
Dia 08 - Rá
Dia 09 - João Fazenda e Helder Carrilho
Dia 10 - Paula Pina e Felicisimo Coria (espanhol)
Dia 11 - Dâmaso Afonso, José Parreira e Yslaire (belga)
Dia 13 - Jartur Mamede
​Dia 16 - Didier Convard (francês)
Dia 17 - Miguel Peres
Dia 19 - Ricardo Cabral
Dia 22 - Carlos Santos e Fernando Santos
Dia 24 - Carlos Rico, Miguel Coelho e Daniel Maia
Dia 28 - Dany (belga)
Dia 29 - Viorel Pîrligras (romeno)
CR

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

SÉRIES DE TIRAS BD (17) - MOTHER GOOSE AND GRIMM

"Mother Goose and Grimm" é uma série de tiras BD criadas pelo cartunista norte-americano Mike Peters (St. Louis, 9.10.1943).
A série começou por ser publicada a 1 de Outubro de 1984, e o seu título faz alusão às Canções de Embalar da Mãe Ganso (Motehr Goose) e aos contos de fadas dos Irmãos Grimm.
Mike Peters recebeu o prestigiado Prémio Pulitzer de Cartoon Editorial, em 1981, pelo seu trabalho.
Em setembro de 1991 esta BD foi adaptada ao cinema de animação, para a CBS, com produção de Bob Curtis.
As tiras, por vezes, fazem impagáveis referências a personagens da cultura popular norte-americana como os super-heróis e é precisamente esta faceta que hoje aqui vos trazemos, talvez a mais cómica da série.