domingo, 9 de abril de 2017

TALENTOS DA NOSSA EUROPA (19): KAS (Polónia)

Kas
Tem um nome um tanto difícil de se pronunciar, Zbigniew Kasprzak, e por isso, ele optou por assinar os seus trabalhos apenas como Kas.
Nasceu em Cracóvia a 13 de Março de1955.
Cursou na Academia de Belas Artes na sua cidade natal.
Para além de se dedicar à Banda Desenhada e a outros tipos de ilustração, é também pintor e caricaturista.
Foi premiado pela primeira vez, em Lodz (Polónia, 1977) e em Sierre (França, 1988), onde conheceu o seu conterrâneo Grzegorz Rosinski, de quem se tornou amigo e, de certo modo, parceiro. Voltou a receber mais honrosos prémios em eventos similares.
Em 1993, com a esposa e os seus três filhos, foi residir para a Bélgica, onde se lançou internacionalmente, sem nunca deixar de colaborar graficamente e em diversas vertentes, para a sua Polónia.
Os seus principais álbuns editados no seu país, são: “Regenerit”, “Eksponat AX” (Espécie AX), “Bogowie z Gwiazbioru Aquariusa (Os Deuses da Constelação do Aquário), “Czlowick Bez Twarzy” (O Homem Sem Rosto), “Gosé z Kosmosu” (O Visitante do Espaço), “Zbuntowana” (A Rebelde), “Zaglada Atlantydy” (A Destruição da Atlântida) e “Wielkie Wyprawy”(As Grandes Expedições), focando aqui os épicos feitos de Fernão de Magalhães, Cristóvão Colombo e James Cook.
Capa e prancha de "Os Deuses da Constelação do Aquário"

Já na Bélgica, retoma a série “Hans” (iniciada por Rosinski) a partir do sexto tomo.

Mas cria outros valorosos trabalhos como “Athabasca”...

...e “Grizzly” da série “Os Viajantes”...

série “Halloween Blues”...

“La Fille de Panama”...

...e “Shooting Star”, que é um certo tipo de biografia da sempre eterna actriz Marilyn Monroe.
Com uma já extensa e marcante obra, as criações de Kas mereciam, com justiça, serem devidamente divulgadas no nosso País, tanto mais que Portugal e a Polónia são da “mesma” nossa Europa.
A bom entendedor...
LB

2 comentários:

  1. Desculpa dizer isto, caro Luiz, mas há alguns desenhadores que tu fazes força para que sejam publicados no nosso país... e que eu, se fosse editor, não daria um chavo por eles! Por uma simples razão: não se venderiam.
    Quanto a Kas, bem aqui o caso muda de figura, porque este artista polaco, émulo de Rosinski, é, sem dúvida, um desenhador com extraordinárias virtualidades, tanto a nível do traço como da cor, cujas obras mereciam (como bem dizes) ser mais conhecidas em Portugal. E que seriam rentáveis, a meu ver, como o álbum sobre a Marilyn, por exemplo.
    Infelizmente, as nossas editoras (na sua grande maioria) só apostam ultimamente nos super-heróis americanos, nos quais é raro vislumbrar-se uma ponta de interesse. Mas é o que está a dar... a tal ponto que, neste momento, há três colecções nas bancas, de álbuns de luxo, com três chancelas editoriais diferentes. Os fãs dos super-heróis não se podem queixar! Quanto aos outros, os que gostam de Kas, Rosinski e autores deste calibre, façam cruzes na boca... a menos que saibam francês ou polaco, e frequentem a FNAC, onde de vez em quando lá aparece um álbum do Thorgal.
    Um grande abraço para ti e para o Carlos Rico,
    Jorge Magalhães

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    1. Caro Jorge
      Grato por este teu comentário. Até certo ponto, concordo contigo... Porém, o meu ponto de vista em divulgar certos talentos europeus, é mesmo porque eles merecem e, esmagadoramente, estão publicados em diversos países do nosso continente.
      Eu procuro divulgá-los aos nossos leitores mais desatentos ou que jamais se tenham apercebido destes valores... Cá pelo nosso país, há sempre o ideal da
      “venderiça” e quase nula aposta em força nos devidos talentos. Pois que leiam em francês, que ainda é o idioma da Cultura!... E na FNAC, se não tiverem tais obras no momento, as mesmas podem aí ser encomendadas.
      Quanto aos super-heróis norte-americanos, cá por mim, há um excesso servil que já começa a enjoar.
      Um grande abraço
      Luiz Beira

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