quarta-feira, 25 de outubro de 2017

NOVIDADES EDITORIAIS (130)

O ÁRABE DO FUTURO / 3 - Edição Teorema (grupo Leya). Autor: Riad Sattouf.
Sattouf é um autor de grande sucesso, já várias vezes premiado, nascido em Paris, filho de mãe francesa e de pai sírio. A sua vivência, para além de França, tem
passado pela Argélia, Líbia e Síria.
É bem notável esta sua série, “O Árabe do Futuro”, agora no terceiro tomo, onde relata o “ser jovem no Médio Oriente”, neste volume abrangendo os anos 1985 a 1987. É uma apaixonante obra autobiográfica, onde Sattouf não se esquiva a ser corajosamente irónico ante aspectos familiares e das sociedades por onde vai vivendo.
Uma série a acompanhar com sincero entusiasmo.

LA LOUVE - Edição Soleil. Argumento de Patrice Lesparre e arte de Roberto Jorge Viacava. Trata-se do 9.º tomo da série “Oracle”, com as guerras e desafios entre humanos e deuses.
O deus Ares (Marte, para os Romanos) foi exilado do Olimpo e obrigado a sobreviver entre os homens... Mas a sua raiva não sossega e só provoca hecatombes.
É por aqui que surge a tão bela, como corajosa e destemida Thalystridita “A Loba”, vinda da hermética nação das Amazonas, que se atreve a enfrentar o famoso deus da guerra...

REAL - Edição Freguesia de Real. Arte: Rafael Sales.
Este álbum, “Real - Tradições de uma Freguesia Beirã”, está positivamente concebido de uma forma, senão original, pelo menos, àparte os habituais processos.
Incluindo algumas fotografias históricas, todo o resto em Banda Desenhada por Rafael Sales, leva-nos, encantados, a conhecer a história, usos e costumes da Freguesia de Real (Penalva do Castelo), onde os alunos de uma escola e por sugestão de uma professora, relatam o que pensam em relação a cada mês do ano na respectiva localidade.
Obra conseguida e aconselhada sobretudo aos pais, professores e alunos e ainda aos atentos curiosos em conhecer melhor belas zonas e gentes do nosso Portugal. E é um bonito exemplo-desafio às nossas mais diversas Freguesias!
Os interessados em conseguir esta obra deverão contactar para: Junta de Freguesia de Real, 3550.171 REAL.

 
L’ARME PERDUE DES DIEUX - Edição Glénat. Autores: argumento de David Muñoz e arte de Tirso Cons, ambos espanhóis. “L’Arme Perdue des Dieux”, primeiro tomo da série “Les Traqueurs”, é uma obra estranha e inquietante...
Por meados dos anos 1600, espanhóis, ingleses e holandeses, sobretudo, desunham-se para ser os senhores absolutos das Caraíbas e da América Central, mesmo contra os corajosos e resistentes povos ameríndios. Não é nada fácil, pois muito sangue será vertido... Aspectos do fantástico temperam bem este tão escaldante cozinhado.
Os ingleses, sempre ávidos e prepotentes, forjam uma equipa científica para, na região do Iucatão (no actual Mexico), capturarem uma criatura que existe nas lendas do povo Maia, conhecida como “ o cérebro dos deuses”. É um misterioso artefacto extraterrestre ou uma sanguinária e misteriosa criatura?
A ver vamos o que vão confrontar e descobrir este caçadores da arma dos deuses, sendo certo que não se caça a arma dos deuses, pois é ela mesma que vai encontrar os seus “gulosos” caçadores...
LB

2 comentários:

  1. Caríssimo Luiz Beira e Carlos Rico

    Aqui me trazeis uma novidade que, por si só, vem confirmar os meus vaticínios e as possibilidades abrangentes de um jovem e promissor autor, o Rafael Sales.
    Vejam bem: trata-se de uma obra assumida por uma Junta de Freguesia, neste caso a de Real. Não posso deixar de dar os parabéns aos autarcas daquela freguesia, não só pela iniciativa como pela assunção do carácter de divulgação que compete a órgãos congéneres autárquicos. A isto chamo eu serviço público. Em boa hora foram eles eleitos, porque, se mais não fosse feito pela sua terra (que certamente foi, no que tange aos cuidados essenciais à vida das populações e às estruturas fundamentais dos dois lugares, ao que sei, Real e Ribeira), este registo vale como uma marca indelével e perpétua. Muitas outras, porventura com mais cabedais, não deixam do seu nem lume nem rasto. Há este meio expedito e coerente da divulgação dos seus valores e das suas tradições, a que se junta um eficaz convite aos jovens da região para este fenómeno de comunicação escrita e desenhada.
    O Rafael demonstra, assim, que domina qualquer vertente da BD, seja ela geográfica, monográfica ou ficcional. E apraz-me saber que ele é um activo autor, que vinga pelo seu mérito e a sua capacidade de engenho e trabalho.
    Em breve o conhecerei pessoalmente, em encontro com um amigo comum, e terei a oportunidade de lhe demonstrar, ao vivo e sem solenidades, este meu apreço.
    Um abraço
    Santos Costa

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    1. Caríssimo Santos Costa
      Muito bonito este teu correctíssimo elogio ao Rafael Sales, que tem a gentileza de me ter como seu amigo. E como citou o sábio Sócrates: “Nada de melhor foi dado aos homens, que a Amizade, excepto a Sapiência”. Ora pois: tenho duas deliciosas caricaturas onde ele me desenhou. Mas isto
      não basta! Temos outros aspectos de afinidades: somos ambos sagitarianos, ambos usamos o relógio no pulso direito, ambos gostamos de gatos e... – olá! – ambos somos salutares cúmplices na ironia (senão, num necessário
      sarcasmo...). Só parece que ele não fuma (ainda bem!), coisa que eu faço. De resto, para além do seu já notável e demonstrado talento e da sua doce humildade (bravo!), ele é uma verdadeira lufada de ar fresco no universo da nossa Banda Desenhada. Que triunfe e que jamais se perca nas rasteiras de eventuais vaidades!
      Um grande abraço para ti do
      Luiz Beira

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